A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou ontem o mapa de vulnerabilidade para ocorrência de epidemia de dengue no Rio Grande do Norte este ano. Foram identificados 43 municípios com risco muito alto para uma epidemia de dengue, entre eles Natal, Parnamirim e Macaíba.
O mapa é elaborado seguindo os critérios de: incidência de dengue nos últimos 10 anos; índice de infestação predial (porcentagem de imóveis que possuem focos positivos de dengue); índice de pendências (porcentagem de imóveis onde não foi realizada a visita domiciliar do agente de endemias) e densidade demográfica.
O documento pretende fornecer subsídios para auxiliar na delimitação das áreas que necessitam de fortalecimento das ações de combate ao vetor, desde a intensificação da eliminação de criadouros até o controle de formas aladas, permitindo a focalização e racionalização dos recursos.
“Isso não significa que as áreas consideradas menos vulneráveis de cada cidade fiquem desassistidas”, explicou Silvia Dinara Pereira, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue.
De acordo com Silvia Dinara, a Sesap continua o trabalho de assessoria, capacitação, supervisão técnica e distribuição de larvicida para todos os municípios do Estado. “A prevenção continua e a responsabilidade é de todos nós, seguindo os já conhecidos cuidados básicos: não jogar lixo em terrenos baldios, evitar recipientes que acumulem água e limpar periodicamente as caixas d’água, deixando-as tampadas”, disse.
Ano de 2013 chegou ao fim com cerca de 10 mil casos confirmados
O Programa Estadual de Controle da Dengue divulgou também o mais recente boletim com os números da doença no RN. Os dados correspondem à Semana Epidemiológica.
De acordo com o boletim, até o dia 28 de dezembro de 2013 foram notificados 24.559 casos suspeitos de dengue, sendo 9.809 confirmados. Um total de 107 municípios apresentaram incidência alta em dengue. Os cinco municípios que mais notificaram casos de dengue foram: Natal (4.378 casos suspeitos), Parnamirim (2.111), Pau dos Ferros (1.793), Santa Cruz (1.597) e Caicó (1.323).
A taxa de óbito alcançou 50 casos suspeitos, sendo 26 óbitos por dengue confirmados no ano de 2013; um aumento de 30% em relação ao ano de 2012. De acordo com a equipe do Programa Estadual de Controle da Dengue, este número poderia ser menor se o protocolo de atendimento para os casos de dengue, preconizado pelo Ministério da Saúde, fosse seguido corretamente.
“A ausência da investigação dos sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômito persistente e sangramentos), a hidratação inadequada (que deve ser feita desde o primeiro atendimento) e a liberação dos pacientes sem atender aos critérios de alta médica recomendados pelo Ministério da Saúde são indícios apontados, pelo próprio Ministério, como fatores para o aumento das taxas de óbito por dengue”, explicou Silvia Dinara Pereira.
Aos primeiros sinais de febre e dores no corpo é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima e informar ao médico todos os sintomas e, principalmente, evitar a automedicação para não mascarar os primeiros sinais da doença.
Fonte: Jornal O Mossoroense
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